domingo, 6 de fevereiro de 2011

The West Wing

São poucas as séries dramáticas que eu realmente aprecio. Normalmente elas possuem algum outro gênero secundário, como Lost e Battlestar Galactica, que são ficções, ou The Good Wife, que é jurídica/procedural. The West Wing é uma raridade entre os dramas da TV americana, e mesmo não tendo terminado as sete temporadas, ela já se encontra na minha lista de favoritas.

Criada e escrita por Aaron Sorkin, a mente brilhante por trás de Studio 60 on the Sunset Strip (que vale um post futuramente) e do recente filme A Rede Social, a série conta as histórias da equipe de assessores do alto escalão da Casa Branca. São as pessoas mais próximas do homem mais poderoso do mundo, e eles têm de lidar com discussões partidárias, conflitos pessoais, negociações diplomáticas, elaboração de projetos de lei e ameaças militares.

Com um roteiro muito ágil (bem característico das obras de Sorkin), a série consegue integrar de forma incrivelmente natural os problemas e a tensão gerada pela responsabilidade enorme dessa equipe, com um humor ácido e inteligente, trazendo personagens que já estão no hall de melhores personagens já vistos na TV, como C.J. Cregg, assessora de imprensa da Casa Branca (vivida brilhantemente por Allison Janney), e o próprio presidente Jed Bartlet (Martin Sheen, excelente). Todo o elenco é afinadíssimo, e algumas das reuniões com toda a equipe chega a atordoar pela velocidade de informações passadas.

As tramas desenvolvidas são variadas. Para criá-las, aproveitaram tanto curiosidades na Constituição dos EUA ou na política americana quanto situações atuais e reais, como terrorismo, conflitos no Oriente Médio e resquícios da Guerra Fria. Isso sem falar na política interna, envolvendo impostos, discriminações raciais ou ameaças de grupos radicalistas. Durante as temporadas esses temas entram e saem com uma naturalidade ímpar, o que reduz significativamente o número de fillers ao longo da série.

A série tem sete temporadas e eu já assisti até a quarta, por enquanto (por sinal, excelente fim de temporada!). Acho uma das séries que merece ser assistida, já que apresenta o melhor que um show pode oferecer: elenco de primeira, roteiros inteligentes que não partem do princípio que os espectadores são estúpidos, humor ágil, ótima edição e produção excelente. Recomendo a todos!

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