Conheça The Cape

The Cape é a nova tentativa da NBC de trazer à tona o tema de super-heróis na TV aberta americana, após o fiasco de Heroes e suas temporadas com histórias descontínuas e personagens desinteressantes. E, até o momento, tem feito um trabalho competente.

A série conta a história de Vince Faraday, policial da cidade de Palm City. Como toda história de supers, Vince é um policial incorruptível, ingênuo e pai de família dedicado, que mantém uma relação muito próxima com o filho. Isso até o vilão chegar e destruir qualquer possibilidade de uma vida normal, não sem antes aparecer um(a) misterioso(a) hacker que invade o computador de Vince e apresenta diversos fatos, mostrando que a companhia que irá assumir a polícia de Palm City é mais corrupta que o próprio governo.

Pareceu clichê, né? Tem mais: Vince cai numa armadilha armada por Chess (o tal super vilão do parágrafo acima) e seu melhor amigo, Martin, e é considerado culpado por uma série de assaltos e crimes, incluindo aí o assassinato do chefe de polícia da cidade. Numa perseguição, ele fica no meio de uma explosão e é dado como morto, mas uma equipe de um circo o resgata e cuida dele.

Não podendo encontrar com o filho, ou Chess irá mandar assassiná-los, a única escolha de Vince é viver com as pessoas do circo, até descobrir uma capa, instrumento do super-herói favorito de seu filho, e decide combater o crime para destruir Chess e sua companhia corrupta. Ele então treina com Max todas as artes de ilusionismo e combate com capa (!), aprendendo as 37 maneiras de desaparecer com uma capa (!!), a esticá-la e agarrar facas (!!!) e inclusive a jogar pessoas no ar usando... adivinhe... uma capa! (!!!!)

Vince então começa a combater o crime, não sem antes levar um monte de porrada de um anão e de um cara com pele parecida com escamas (cuja alcunha não é nada surpreendente: Scales). Vince termina encontrando, numa dessas missões, Orwell, que é a tal da hacker que invadiu seu computador no início do episódio. Com a ajuda dela, ele obtém sucesso pela primeira vez em seu novo trabalho, e consegue evitar que Chess destrua quase metade da cidade.

Parece meio bizarra a história que eu acabei de contar mas, por incrível que pareça, achei interessante. Apesar da história já batida, ela foi bem trabalhada, mostrando uma progressão natural até o embate com o vilão, mantendo uma estrutura bem próxima de uma HQ. O elenco, quase todo desconhecido, atuou bem, e a direção foi competente e não deixou a peteca cair nos quase 45 minutos de episódio.

Acho que vou continuar com essa série para ver até onde ela vai, principalmente porque a TV americana está com poucas séries boas de super-heróis (na verdade, acho que nenhuma) e por causa da Summer Glau, a queridinha dos nerds que não aparecia como regular em uma série desde a cancelada Terminator: The sarah Connor Chronicles.

Enfim, é uma típica série para fazer aquela descarga mental no final de semana. Vamos ver se eles mantém uma boa qualidade com a série ou se voltar a produzir catástrofes como aquela 4ª temporada (e na verdade, como a 3ª e 2ª também) de Heroes.