Se você já pensou em comprar ações, ou entrou na febre de comprar livros de investimento em ações, finanças pessoais e independência financeira, certamente já se perguntou isso, ou quase a totalidade dos livros abordou este assunto em seus capítulos iniciais.
A história é sempre a mesma: Se você trabalhar com ações de primeira linha (ações de grandes empresas que são negociadas aos milhões diariamente na bolsa), escolhendo as ações que deve investir baseado na contabilidade apresentada, no cálculo do valor da empresa e da demanda futura do mercado, então no longo prazo certamente teria um pote de ouro guardado. Mas será que é assim mesmo? Quem comprou Petrobrás a alguns anos começou ver a cruel realidade do mercado!
Uma consideração importante a ser feita é que a definição de quais empresas tem bons indicadores de crescimento e a necessidade futura do mercado é completamente subjetiva. Assim sendo, a melhor maneira de realizar este estudo é considerar o desempenho do próprio índice (Dow Jones, Bovespa, ...), pois os índices representam a variação das ações mais negociadas. Logo, acaba refletindo o desempenho das ações que a maioria das pessoas acredita que têm futuro. Então será que as ações escolhidas para investimento por milhares de pessoas, a partir de critérios e interpretações completamente pessoais, viraram potes de ouro no longo prazo?
Em uma primeira análise, creio que a maioria das pessoas responderia que sim, afinal estamos falando que milhares de pessoas fizeram a mesma aposta para comprar sua aposentadoria. Leigos, entendidos, estudiosos, pessoas com informações privilegiadas, todos acreditaram que aquelas empresas teriam futuro!
Porém, como costumo dizer: a bolsa de valores é um jogo onde todos que participam derramam seu dinheiro sobre uma mesa e quando o juiz decreta o início todos correm e tentam pegar a maior quantidade de dinheiro que conseguir. Isso reflete o mercado! Essa metáfora se torna real porque a quantidade de dinheiro é limitada. Mas será que é limitada mesmo? Sim! Afinal, se não fosse, não haveria disputa por ele! Então se tem alguém que ganha dinheiro, outro paga a conta, perdendo dinheiro!
É bem simples, dinheiro não se cria, apenas se troca! Então se tem alguém que o está acumulando debaixo do colchão, tem alguém que está perdendo!
E aí, ainda acha que a maioria ganha dinheiro? Bem, agora isso se tornou absurdo, pois se a maioria das pessoas está ganhando dinheiro, quem está pagando a conta? Não é muito mais lógico que uma pequena minoria esteja ganhando e uma grande parte pagando a conta? Creio eu que sim!
Confirmando este ponto de vista: o New York Times publicou o resultado de uma pesquisa de consultoria que tentou esclarecer essa questão. E para a surpresa da grande maioria de pessoas que achava a bolsa um investimento seguro no longo prazo, o artigo revela que o pote nem sempre é de ouro depois de muitos anos de investimento. O resultado do estudo está no gráfico abaixo, onde os tons de verde indicam um melhor resultado médio do retorno anual e os tons de vermelho indicam um resultado desfavorável, podendo até mesmo não ser grande o suficiente para acompanhar a inflação.
Assim, não acreditem em fontes milagrosas de investimento e caminhos certos, eles não existem! Mas invista no seu bem mais precioso: conhecimento. Se trabalhar duro durante anos, poderá se unir aos que dizem “eu fiz dinheiro na bolsa de valores!”.
Fica então o primeiro axioma de investimento:
1 – O Lucro é proporcional ao risco.
Esqueça negócios da china! Não existe maneira lícita de ficar rico da noite para o dia sem correr risco!
Leia aqui a íntegra a reportagem do NY Times.
É isso ai, por hoje é só pessoal!
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